segunda-feira, 20 de julho de 2009

Questão 20

(Agente Vistoriador/Prefeitura de São Paulo-SP/FCC) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:

a) Garçom, nós queremos conversar; poderia pedir para baixar um pouco o volume do rádio, por favor?

b) Se a maré subir, logo, os turistas ficarão ilhados naquelas pedras e, terão que esperar até amanhã, para voltarem.

c) Admita, que você nos traiu, ao tomar uma atitude que contrariou inteiramente, nossa decisão da véspera.

d) Durante a projeção do filme, que você me recomendou as pessoas iam saindo, mostrando assim, seu desagrado e desinteresse pelo final.

e) Você deve ser condescendente, uma vez que, se não renegociar minha dívida, dificilmente, poderei pagá-la.

----------------------------------------

Comentários:

Esse exercício explora o conhecimento sobre pontuação.

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html


a) Garçom, nós queremos conversar; poderia pedir para baixar um pouco o volume do rádio, por favor? Certo. A primeira vírgula é utilizada para separar um vocativo; na segunda pontuação, empregou-se um ponto-e-vírgula para dar mais destaque e clareza. Temos duas orações coordenadas, como na primeira havia sido utilizada a vírgula, utilizamos o ponto-e-vírgula para claramente diferenciarmos as duas orações. A última vírgula isola a expressão "por favor" que sempre deve vir entre vírgulas por não fazer parte da oração.

b) Se a maré subir, logo, os turistas ficarão ilhados naquelas pedras e, terão que esperar até amanhã, para voltarem. Errado. O advérbio "logo", entre vírgulas, apresenta uma ideia conclusiva que não se adequa à estrutura da frase. Para que façamos a correção deveremos retirar uma das duas vírgulas, dependendo da ideia que se queira passar. Tirando a primeira o advérbio modificará o verbo "subir", tirando a segunda modifica o verbo "ficarão". A vírgula utilizada depois da conjunção aditiva "e" está errada pois está separando duas orações coordenadas sindéticas aditivas que possuem o mesmo sujeito. Já a última vírgula, apesar de não usual, separa corretamente uma oração subordinada adverbial final.

c) Admita, que você nos traiu, ao tomar uma atitude que contrariou inteiramente, nossa decisão da véspera. Errado. A primeira vírgula utilizada separou o verbo admitir de seu objeto direto. A segunda vírgula separa corretamente duas orações coordenadas assindéticas. A terceira vírgula está errada pois separou a forma verbal "contrariou" de seu objeto direto "nossa decisão de véspera". "Inteiramente", por se tratar de um advérbio de pequena extensão deslocado pode vir entre duas vírgulas ou sem nenhuma.

d) Durante a projeção do filme, que você me recomendou as pessoas iam saindo, mostrando assim, seu desagrado e desinteresse pelo final. Errado. A oração "que você me recomendou" tem clara intenção de ser subordinada adjetiva restritiva, nao podendo ser separada da oração principal por vírgula. A segunda vírgula separa corretamente duas orações coordenadas assindéticas; a terceira separa errôneamente o objeto direto "seu desagrado e desinteresse pelo final" da forma verbal "mostrando". O advérbio "assim", por ser de pequena extensão pode vir sem vírgulas ou entre vírgulas.

e) Você deve ser condescendente, uma vez que, se não renegociar minha dívida, dificilmente, poderei pagá-la. Errado. A primeira vírgula se justifica para que se caracterize início de oração subordinada adverbial causal. O par de vírgulas isolando a oração intercalada "se não renegociar minha dívida" também está correto e tem, como sabemos, emprego obrigatório. No entanto, as vírgulas utilizadas para separar o advérbio "dificilmente", apesar de gramaticalmente corretas, geram ambiguidade, pois não sabemos se modifica o verbo "renegociar" ou o verbo "poder". Devemos, pois, escolher uma das duas dependendo do sentido que se queira dar. O mais sensato seria retirar a segunda vírgula, pois nos parece o verdadeiro sentido que se quis passar.

Gabarito: letra a

sábado, 18 de julho de 2009

Prova da ANAC

Fala pessoal,

Hoje e amanhã não haverá atualização do blog por ocasião da prova da ANAC.

Me desejem sorte!

Um abraço a todos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Questão 19

(Técnico Processual/Corregedoria-Geral da Justiça/NCE-UFRJ)

Texto 1:

"As fronteiras políticas das nações-estados são estreitas e limitadas demais para definir o escopo e o alcance da empresa moderna". (J. Spencer)

Texto 2:

"As estruturas políticas mundiais são inteiramente obsoletas. Não mudaram em pelo menos cem anos e estão lamentavelmente desafinadas com o progresso tecnológico". (j. Maisonrouge)

A função sintática de "estreitas" e "limitadas" (texto 1) é a mesma do termino:

a) das nações (texto 1);

b) moderna (texto 1);

c) mundiais (texto 2);

d) desafinadas (texto 2);

e) tecnológico (texto 2).

-----------------------------------

Comentários:

Esse exercício explora o conhecimento sobre análise sintática.

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

Primeiramente, analisemos a função sintática dos termos "estreitas" e "limitadas" do texto 1. Morfogicamente são adjetivos, estão qualificando o sujeito "As fronteiras políticas das nações-estados" e estão ligados a ele pelo verbo de ligação "são". Todos estes fatos os qualificam como predicativo.

Achemos agora a opção que também é predicativo.

a) das nações (texto 1). Errado. Este termo possui característica adjetiva, qualifica de forma instrínseca o substantivo "fronteiras" e não se liga a um sujeito por meio de um verbo de ligação explícito ou implícito. É, portanto, adjunto adnominal.

b) moderna (texto 1). Errado. Tem função adjetiva, qualifica de forma intrínseca o substantivo "empresa" e não se liga a um sujeito por meio de um verbo de ligação explícito ou implícito. É, portanto, adjunto adnominal.

c) mundiais (texto 2). Errado. Tem função adjetiva, qualifica de forma intrínseca o substantivo "estruturas" e não se liga a um sujeito por meio de um verbo de ligação explícito ou implícito. É, portanto, adjunto adnominal.

d) desafinadas (texto 2). Correto. Tem função adjetiva e qualifica o sujeito "as estruturas políticas mundiais", que se encontra suprimido (zeugma - para evitar repetição desnecessária), por meio do verbo de ligação "estão". É, portanto, predicativo.

e) tecnológico (texto 2). Errado. Tem função adjetiva, qualifica de forma intrínseca o substantivo "progresso" e não se liga a um sujeito por meio de um verbo de ligação explícito ou implícito. É, portanto, adjunto adnominal.

Gabarito: letra d.

Questão 18

(Taquígrafo/TRF/UFRJ) Dos itens abaixo, o que apresenta ERRO no emprego do acento grave indicativo da crase é:

a) Trata-se de um relatório referente à dividas antigas da União.

b) Essas medidas obedecem às normas da ABNT.

c) Apesar de a norma à qual V. Sa se refere ser facultativa, todos os técnicos de que temos notícias a seguem.

d) A plateia assistia entusiasmada à conferência do filósofo.

e) Informou-se indevidamente à empresa credora que o valor em questão estaria disponível antes do final do ano.

--------------------------

Comentários:

Esse exercício explora o conhecimento sobre crase.

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

a) Trata-se de um relatório referente à dividas antigas da União. Errado. O adjunto adnominal "referente" necessita de um termo que complemente o seu sentido. Referente a quê? Podemos notar, então, que seu complemento nominal é regido por meio da preposição "a". O fenômeno da crase ocorre quando, dentre outros casos, a preposição "a" se funde com o artigo "a" ou "as". No caso em tela temos o substantivo "dívidas" que se encontra no plural, o que leva o artigo - caso haja um - a se flexionar no plural. Notamos então que o "a" em questão é somente preposição, estando errado o uso da crase. Caso quiséssemos utilizar a crase, deveríamos reescrever a frase da seguinte maneira: Trata-se de um relatório referente às dividas antigas da União.

b) Essas medidas obedecem às normas da ABNT. Certo. Quem obedece, obedece "a" alguma coisa. Preposição "a" + artigo definido "as" = crase.

c) Apesar de a norma à qual V. Sa se refere ser facultativa, todos os técnicos de que temos notícias a seguem. Certo. Quem se refere, se refere "a" alguma coisa. Nesta alternativa somos apresentados a outro caso de crase, qual seja, aquele com o pronome relativo "qual". A fusão da preposição "a" regida pelo verbo "referir", unida ao artigo "a" do pronome relativo gera o fenômeno da crase.

d) A plateia assistia entusiasmada à conferência do filósofo. Certo. O verbo "assistir" no sentido de visualizar rege a preposição "a", que unida ao artigo definido "a" do substantivo feminino "conferência" leva à ocorrência da crase.

e) Informou-se indevidamente à empresa credora que o valor em questão estaria disponível antes do final do ano. Certo. Quem informa, informa algo "a" alguém. Junta-se a preposição regida por este verbo transitivo direto e indireto com o o artigo definido "a" de seu objeto indireto e temos a crase.

Gabarito: letra a

Questão 17

(Assistente Administrativo/Prefeitura de Salvador/SENASP) Leia os períodos:

I - "O Brasil é minha pátria; por conseguinte..."

II - "Esses exemplos são testemunho irrefutável de que o discurso ético se desenvolveu muito na última década, todavia..."

As conjunções que introduzem outras orações, respectivamente, em I e II devem ser assim classificadas:

a) explicativa e conclusiva;

b) aditiva e explicativa;

c) adversativa e aditiva;

d) aditiva e adversativa;

e) conclusiva e adversativa.

--------------------

Comentários:

Esse exercício explora o conhecimento de orações coordenadas.

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html


I - "O Brasil é minha pátria; por conseguinte..."

"Por conseguinte" está exercendo o papel de locução conjuntiva coordenativa conclusiva, ou seja, introduz uma oração independente em que será apresentada uma conclusão. Poderia ser substituida pela conjunção "portanto" sem prejuízo semântico (de ideia).

II - "Esses exemplos são testemunho irrefutável de que o discurso ético se desenvolveu muito na última década, todavia..."

"Todavia" está exercendo o papel conjunção coordenativa adversativa, ou seja, introduz uma oração independente onde será apresentada uma ideia adversa ou contrária à da primeira oração. Poderia ser substituida por "mas, contudo, porém, no entanto, entretanto" sem prejuízo semântico.

Gabarito: letra e


Questão 16

(Analista de Finanças e Controle/ESAF) Assinale a norma gramatical que justifica, com correção e propriedade, a flexão do plural do verbo ser no período abaixo.

“Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente ditos”.


a) “Com os verbos ser e parecer a concordância se faz de preferência com o predicativo, se este é plural." (Luís Antônio Sacconi)

b) “Nas frases em que ocorre a locução invariável é que, o verbo concorda com o substantivo ou pronome que a precede, pois são eles efetivamente o seu sujeito.” (Celso Cunha e Lindley Cintra)

c) “Se tanto o sujeito como o predicativo forem personativos e nenhum dos dois for pronome pessoal, a concordância será facultativa (pode-se concordar com o sujeito ou o predicativo).” (Dileta S. Martins & Lúbia S. Zilberknopp)

d) “Expressões de sentido quantitativo (...) acompanhadas de complemento no plural admitem concordância verbal no singular ou no plural.” (Manual de Redação da Presidência da República)

e) “Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por série aditiva enfática (...), o verbo concorda com o mais próximo ou vai para o plural (o que é mais comum quando o verbo vem antes do sujeito).” (Evanildo Bechara)

------------------------------

Comentários:

Esse exercício explora o conhecimento de concordância verbal.

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

Como se pode perceber, todos os excertos foram retirados de obras escritas por renomados autores, estando todas corretas em relação a concordância verbal.

As que melhor explicam o motivo da concordância no caso em tela são a letra "c", que é mais abrangente, e a letra "a", que diz especificamente o que ocorreu no mencionado caso; sendo, portanto, a resposta correta.

Gabarito: letra a

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Questão 15

(Auxiliar Judiciário/TRE/FESP) A alternativa que apresenta ERRO quanto à concordância verbal é:

a) Eram dois irmãos bem parecidos.

b) Só eles podem fazer tais exceções.

c) São dificuldades a serem vencidas.

d) Deram quatro horas no relógio da Central.

e) Tudo estava bem, como se não houvessem ameaças.

----------------------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

a) Eram dois irmãos bem parecidos. Certo. O verbo de ligação "eram" concorda com o sujeito oculto "Eles". O que vem depois do verbo é o predicativo do sujeito, por estar depois de um verbo de ligação e ter característica adjetiva.

b) Só eles podem fazer tais exceções. Certo. O sujeito da oração é "eles", devendo a locução verbal "podem fazer" por meio de seu verbo auxiliar "podem" com ele concordar. Só é adjunto adverbial de exclusividade, "podem fazer" exerce a função de VTD e "tais exceções" é o objeto direto.

c) São dificuldades a serem vencidas. Certo. O sujeito da oração é "elas", que está oculto. "São" é verbo de ligação e deve com seu sujeito concordar. "Dificuldades a serem vencidas" é o predicativo do sujeito.

d) Deram quatro horas no relógio da Central. Certo. Verbo dar (bater e soar) + hora(s): segue a regra geral, concordando com o sujeito. Escrita na ordem direta ficaria "Quatro horas deram..", o que nos faz concluir que "quatro horas" é o sujeito da oração, devendo o verbo com ele concordar. O verbo "dar" é intransitivo, sendo "no relógio da Central" adjunto adverbial de lugar.

e) Tudo estava bem, como se não houvessem ameaças. Errado. O verbo "haver" no sentido de existir é impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular. O correto seria: "... como se não houvesse ameaças." A propósito, a título de curiosidade, "como se não houvesse ameaças" é oração subordinada adverbial comparativa.

Gabarito: letra e

Questão 14

(Auxiliar Judiciário/Corregedoria Geral da Justiça/FESP) Das passagens abaixo transcritas, aquela cujo verbo em itálico não pode ter a variante de concordância posta ao lado é:

a) “Tantos e tão graves atentados se têm cometido contra as crianças e adolescentes no país, mesmo por seus “defensores”, que nada mais lhes resta senão rezar.” / rezarem

b) “Ressalvadas as virtudes dessa lei e a boa intenção de alguns de seus idealizadores, temo que ela possa servir mais como bandeira política, que ajudará novos “defensores” de crianças a galgar cargos eletivos, ...” / galgarem

c) “Essa lei, divorciada da realidade brasileira, cria muitas ilusões, sem levar em conta as situações concretas.” / levarem

d) “Por que tratar assim bebês como objetos, quando o mesmo resultado, com vantagens, pode ser conseguido com adoções regulares?” / tratarem

e) “Todo menor tem direito de transitar por nossas vias, independentemente de suas condições pessoais. Temos, porém, o dever de tirar das ruas aqueles que ali permanecem por falta de outro espaço adequado para morar ...” / morarem

--------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

Essa questão exige conhecimento sobre orações, é preciso saber separá-las para resolver o exercício com sucesso.

a) [“Tantos e tão graves atentados se têm cometido contra as crianças e adolescentes no país, mesmo por seus “defensores”],[ que nada mais lhes resta senão
rezar.”] / rezarem - Certo. Quando o sujeito do infinitivo já estiver expresso em outra oração, geralmente na oração principal, a flexão torna-se facultativa. Devemos primeiramente separarmos as orações para que saibamos se estão em orações diferentes. Neste caso o sujeito de "rezar" é "crianças e adolescentes" que estão em orações diferentes, sendo possível, então, as duas concordâncias.

b) [“Ressalvadas as virtudes dessa lei e a boa intenção de alguns de seus idealizadores,] [temo] [que ela possa servir mais como bandeira política,] [que ajudará novos “defensores” de crianças] [a galgar cargos eletivos, ...”] / galgarem - Correto. O sujeito de "galgar" é " 'defensores' de crianças", sendo que os dois se encontram em orações separadas, podendo o verbo facultativamente permanecer no infinitivo ou se flexionar.

c) [“Essa lei, [divorciada da realidade brasileira], cria muitas ilusões,] [sem levar em conta as situações concretas.”]/ levarem - Errado. O sujeito de "levar" é "Essa lei", que está em oração diferente mas se encontra no singular, não podendo o verbo ir para o plural.

d) [“Por que tratar assim bebês como objetos,] [quando o mesmo resultado, com vantagens, pode ser conseguido com adoções regulares?”] / tratarem - Certo. O sujeito de "tratar" é indeterminado. O infinitivo dá idéia de uma ação ou estado, porém sem vinculá-la a um tempo, modo ou pessoa específica. Se quisermos reduzir a carga de indeterminação podemos flexioná-lo para concordar com "eles", que ainda é sujeito indeterminado, mas mais determinado que o verbo no infinitivo. Poderia então ficar "Por que tratarem assim bebês.."

e) “[Todo menor tem direito de transitar por nossas vias, independentemente de suas condições pessoais.] [Temos, porém, o dever de tirar das ruas aqueles] [que ali permanecem por falta de outro espaço adequado para morar ...”] / morarem - Certo. O sujeito de "morar" é "aqueles", retomado pelo pronome relativo "que", podendo o verbo permanecer no infinitivo ou alternativamente se flexionar para concordar com seu sujeito, que não se encontra explicitamente expresso na oração.

Gabarito: letra c

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Questão 13

(Técnico de Controle Interno/Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro/FJG) No que diz respeito à concordância, há uma construção gramaticalmente incorreta na seguinte alternativa:

a) Um entre vários historiadores dedica-se hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil.

b) Mais de um historiador têm-se dedicado hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil.

c) A maioria dos historiadores vem-se dedicando hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil.

d) Conhecem-se vários historiadores que se dedicam hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil.

--------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html


a) Um entre vários historiadores dedica-se hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil. Certo. Dedicar é VTDI, sendo o pronome "se" partícula apassivadora. Como sabemos, em casos como este o sujeito do verbo é o que seria seu objeto direto caso não houvesse a mencionada partícula. Seu sujeito é, portanto, "Um entre vários historiadores", devendo o verbo concordar com o núcleo "Um".

b) Mais de um historiador têm-se dedicado hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil. Errado. Quase passa desapercebido aos nossos olhos o acento circunflexo em "têm-se", que é um acento diferencial utilizado para indicar que o verbo está concordando no plural. Seu sujeito é "um historiador", e não está no plural. O correto seria "mais de um historiador tem-se dedicado hoje...".

c) A maioria dos historiadores vem-se dedicando hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil. Correto. Em frases que no sujeito tenha expressões partitivas tais como "a maioria", "uma porção de", o verbo pode tanto concordar com a expressão quanto com o núcleo do sujeito. Neste caso concorda com a expressão, visto que o verbo "vem" foi grafado sem acento diferencial indicativo de plural.

d) Conhecem-se vários historiadores que se dedicam hoje à pesquisa sobre cultura negra no Brasil. Certo. O verbo conhecer é VTD, sendo o pronome "se" partícula apassivadora. Como sabemos, em casos como este o sujeito do verbo é o que seria seu objeto direto caso não houvesse a mencionada partícula. Seu sujeito é, portanto, "vários historiadores", devendo o verbo concordar com o núcleo "historiadores", o que de fato ocorre.

Gabarito: letra b

-------

Pergunta: Como diferenciar se é caso de expressão com a qual se possa concordar ou não? "Um entre vários" também não poderia ser expressão partitiva?

Resposta: A maneira de se diferenciar é através do numeral. Apareceu na expressão o "Um", concorde com ele.

Questão 12

(TTN/ESAF) Indique o trecho em que ocorre ERRO de concordância verbal, segundo o padrão culto da Língua Portuguesa.

a) O momento é grave. Cabe aos políticos a obrigação de manter a serenidade e o equilíbrio nos debates; que certamente passarão para o plenário da Câmara e do Senado. (Jornal de Brasília, 27-08-92)

b) A outra das terras por elas exploradas, pela mesma época, os portugueses deram o nome de Brasil, porque havia ali muito do pau conhecido por esse nome. Foi sorte. Havia também muitos macacos, nessa mesma terra, e muitos papagaios. (Veja, nº 134, 06-07-94)

c) Os cheques pré-datados, que permite aos lojistas financiar seus clientes nas compras a prazo, em alguns casos representam até a metade dos cheques recebidos pelo comércio. (O Globo, 15-01-94)

d) Os desarranjos na economia se expressam na ordem social por desequilíbrios calamitosos. São o desemprego generalizado, as pressões inflacionárias, a queda do produto, a depressão das massas e, síntese dialética, a violência (Correio Brasiliense, 08-07-94)

e) Mas, se, para além das palavras, se considerarem os atos do Executivo e as atuais negociações, parece que as pressões já começam a ter efeito. Há dez dias o país foi surpreendido com a nova versão do Orçamento que prevê uma elevação de mais de U$ 10 bilhões nos gastos do governo e igual aumento na estimativa das receitas. (Folha de São Paulo, 13-05-94)

------------------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html


a) O momento é grave. Cabe aos políticos a obrigação de manter a serenidade e o equilíbrio nos debates; que certamente passarão para o plenário da Câmara e do Senado. (Jornal de Brasília, 27-08-92)
. Correto. O verbo "passarão" concorda corretamente com o núcleo do seu sujeito "debates."

b) A outra das terras por elas exploradas, pela mesma época, os portugueses deram o nome de Brasil, porque havia ali muito do pau conhecido por esse nome. Foi sorte. Havia também muitos macacos, nessa mesma terra, e muitos papagaios. (Veja, nº 134, 06-07-94). Correto. O verbo "haver" com o sentido de existir é impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular. Seria tentador colocá-lo no plural para concordar com "muitos macacos", mas lembre-se que este é o complemento verbal (objeto direto) de "haver", e não o sujeito, que nesta oração não existe.

c) Os cheques pré-datados, que permite aos lojistas financiar seus clientes nas compras a prazo, em alguns casos representam até a metade dos cheques recebidos pelo comércio. (O Globo, 15-01-94). Errado. O pronome relativo "que" em "que permite aos lojistas.." está retomando "cheques pré-datados", devendo a concordância com ele ser feita. Temos também um erro na concordância do verbo "financiar", que tem como sujeito "lojistas", devendo com ele concordar. O correto seria: "Os cheques pré-datados, que permitem aos lojistas financiarem..."

d) Os desarranjos na economia se expressam na ordem social por desequilíbrios calamitosos. São o desemprego generalizado, as pressões inflacionárias, a queda do produto, a depressão das massas e, síntese dialética, a violência (Correio Brasiliense, 08-07-94). Correto. "Os desarranjos ... se expressam" concorda corretamente e o verbo "ser" concorda gramaticalmente, de forma correta, com "... desemprego generalizado, as pressões inflacionárias, a queda do produto ..."

e) Mas, se, para além das palavras, se considerarem os atos do Executivo e as atuais negociações, parece que as pressões já começam a ter efeito. Há dez dias o país foi surpreendido com a nova versão do Orçamento que prevê uma elevação de mais de U$ 10 bilhões nos gastos do governo e igual aumento na estimativa das receitas. (Folha de São Paulo, 13-05-94). Correto. O sujeito do verbo "considerarem" é "atos", com ele concordando, como assim corretamente o está.


Gabarito: letra c

terça-feira, 14 de julho de 2009

Questão 11

(Analista Judiciário/TRT/UFRJ) A nova redação de algumas passagens do texto apresenta ERRO de concordância verbal em:

a) "... então, poderão haver coisas misteriosamente novas em nossas vidas";

b) "... afogam-se o corpo e a alma em álcool e gorduras";

c) "... abandonem-se a um canto as árvores mortas cobertas de lantejoulas";

d) "... hoje, o Natal são presentes e comilanças";

e) "... pode-se envolver os sinos de papel em fitas vermelhas".

-------------------------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html


a) "... então, poderão haver coisas misteriosamente novas em nossas vidas"
. Errado. "Haver" no sentido de existir é impessoal, devendo seu verbo auxiliar "poder" se manter na terceira pessoa do singular. O correto seria "... então, poderá haver coisas misteriosamente..."

b) "... afogam-se o corpo e a alma em álcool e gorduras". Correto. "Afogar" é VTD, sendo o pronome "se" partícula apassivadora, o que leva "o corpo e a alma em álcool e gorduras" a ser sujeito paciente, devendo o verbo com ele concordar, o que de fato ocorre.

c) "... abandonem-se a um canto as árvores mortas cobertas de lantejoulas". Correto. "Abandonar" também é VTD, o que leva o pronome "se" a ser partícula apassivadora, devendo o verbo concordar com o sujeito paciente "as árvores mortas", como de fato ocorre.

d) "... hoje, o Natal são presentes e comilanças". Certo. Esse é um dos casos de concordância do verbo "ser" em que ele pode tanto concordar com seu sujeito "o Natal" quanto com o predicativo "presentes e comilanças".

e) "... pode-se envolver os sinos de papel em fitas vermelhas". Certo, "envolver os sinos de papel.." é sujeito oracional do verbo "poder", o que leva a se manter na terceira pessoa do singular.

Gabarito: letra a.

Questão 10

(Agente Fiscal de Rendas/Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo/VUNESP)
Assinale a alternativa em que os versos, reescritos, estão CORRETOS quanto à concordância verbal.

a) Numa cidade onde a Verdade, a Honra e a Vergonha desaparece.

b) Numa cidade onde faltam cultivar a Verdade, a Honra e a Vergonha.

c) Numa cidade onde não devem haver a Verdade, a Honra e a Vergonha.

d) Numa cidade onde a Verdade, a Honra e a Vergonha não está.

e) Numa cidade onde a Verdade, a Honra e a Vergonha não existem.

---------------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

O comando desta questão pede para que achemos a única opção correta.

a) Numa cidade onde a Verdade, a Honra e a Vergonha desaparece. Errado. De acordo com as regras de concordância verbal, verbo posposto a um sujeito composto deve concordar com todos os seus núcleos; devendo, portanto, ir para o plural. O correto seria "... a Verdade, a Honra e a Vergonha desaparecem."

b) Numa cidade onde faltam cultivar a Verdade, a Honra e a Vergonha. Errado. A princípio poderíamos achar que "faltam cultivar" se trata de uma locução verbal, mas não é. O verbo "faltar" sozinho possui carga de sentido, ao contrário dos verbos auxiliares. Poderíamos muito bem reescrever a frase suprimindo o verbo "faltar" ou o verbo "cultivar", com as devidas alterações gramaticais. Perguntemos ao verbo quem é seu sujeito. O que falta? "Cultivar a Verdade, a Honra e a Vergonha". O sujeito é toda essa oração, que é oração por conter um verbo (cultivar); sendo, portanto, sujeito oracional. A regra de concordância com o sujeito oracional é SEMPRE (com rara exceção) permanecer em terceira pessoa do singular. O correto seria "... onde falta cultivar a Verdade, a Honra e a Vergonha."

c) Numa cidade onde não devem haver a Verdade, a Honra e a Vergonha. Errado. O verbo "haver", principal da locução, possui o sentido de "existir"; sendo, portanto, impessoal e devendo seu verbo auxiliar se manter na terceira pessoa do singular. O correto seria "onde não deve haver". "A Verdade, a Honra e a Vergonha" da questão em tela não é sujeito, mas objeto direto da locução.

d) Numa cidade onde a Verdade, a Honra e a Vergonha não está. Errado. Verbo posposto a um sujeito composto deve concordar gramaticalmente com seus núcleos. O correto seria "a Verdade, a Honra e a Vergonha não estão."

e) Numa cidade onde a Verdade, a Honra e a Vergonha não existem. Correto. O verbo "existir" posposto ao sujeito composto deve concordar gramaticalmente, o que de fato ocorre.

Gabarito: letra e

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Questão 9

(Operador de Computador/IPLAN/Fundação Jõao Goulart) No trecho "Com a canção popular, hoje, costuma ocorrer fato diverso", o verbo concorda gramaticalmente com o sujeito da oração. A alternativa em que NÃO se estabelece a necessária concordância é:

a) Com a canção popular, hoje, costuma ocorrer frequentemente fatos diversos.

b) Com a canção popular, hoje, costumam ocorrer fatos e consequências diversos.

c) Com a canção popular, hoje, costumam ocorrer consequências de fatos diversos.

d) Com a canção popular, hoje, costuma ocorrer um fato e uma consequência diversos.

-------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

O comando da questão pede para que apontemos a alternativa errada.

a) Com a canção popular, hoje, costuma ocorrer frequentemente fatos diversos
. Errado, "costuma ocorrer" é uma locução verbal que tem como sujeito "fatos" (O que costuma ocorrer?), devendo seu verbo auxiliar com ele concordar. O correto seria "... costumam ocorrer frequentemente fatos diversos."

b) Com a canção popular, hoje, costumam ocorrer fatos e consequências diversos. Certo. A locução verbal "costumam ocorrer" concorda corretamente com seu sujeito composto "fatos e consequências".

c) Com a canção popular, hoje, costumam ocorrer consequências de fatos diversos. Certo, "costumam ocorrer" tem como sujeito "consequências", com ele concordando.

d) Com a canção popular, hoje, costuma ocorrer um fato e uma consequência diversos. Certo, "costuma ocorrer" tem como sujeito "um fato" (O que costuma ocorrer? um fato!), com ele concordando.

Gabarito: letra a

Questão 8

(Analista de Projetos: Área Ciências Econômicas/Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDES) A alternativa que apresenta uma transformação correta da frase "Mas pelo menos a metade das ocupações que requerem diploma superior exige conhecimentos específicos limitados" é

a) Mas exigiu-se conhecimentos específicos limitados em pelo menos a metade das ocupações que requerem diploma superior.

b) Mas pelo menos a metade das profissões tem como requisito diploma superior, exigindo conhecimentos específicos limitados.

c) Mas são limitados os conhecimentos específicos que se exige em pelo menos a metade das profissões que tem como requisito o diploma superior.

d) Mas, pelo menos na metade das profissões em que se requer diploma superior, é limitado os conhecimentos específicos exigidos.

e) Mas, em pelo menos a metade das profissões que requerem diploma superior, exigem-se conhecimentos específicos limitados.

------------------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html

Busquemos então a opção correta.

a) Mas exigiu-se conhecimentos específicos limitados em pelo menos a metade das ocupações que requerem diploma superior
. Errado. O verbo exigir é VTDI, sendo o pronome "se" por este motivo partícula apassivadora. Como sabemos, em uma voz passiva pronominal o objeto direto se transforma em sujeito paciente, devendo o verbo "exigir" com ele concordar. O correto seria "Mas exigiram-se conhecimentos..."

b) Mas pelo menos a metade das profissões tem como requisito diploma superior, exigindo conhecimentos específicos limitados. Errado. O problema dessa frase está na semântica (sentido). A frase original não diz que metade das profissões tem como requisito diploma superior, ela diz que metade das profissões QUE requerem diploma superior exigem conhecimentos específicos limitados. O pronome relativo "que" introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva, ou seja, restringe o requisito de diploma para somente algumas profissões, não todas, como quer passar esta opção.

c) Mas são limitados os conhecimentos específicos que se exige em pelo menos a metade das profissões que tem como requisito o diploma superior. Errado. O sujeito do verbo "exigir" é "conhecimentos específicos", devendo com ele concordar. O correto seria: "... conhecimentos específicos que se exigem em pelo menos ..."

d) Mas, pelo menos na metade das profissões em que se requer diploma superior, é limitado os conhecimentos específicos exigidos. Errado, "limitado" é predicativo do sujeito "conhecimentos específicos", devendo com ele concordar. O verbo "ser", neste caso, deve concordar também com o sujeito. O correto seria "... são limitados os conhecimentos específicos ..."

e) Mas, em pelo menos a metade das profissões que requerem diploma superior, exigem-se conhecimentos específicos limitados. Correto. O pronome "se" junto a um VTD funciona como partícula apassivadora, sendo o objeto direto do verbo o sujeito paciente. Sendo assim, o verbo "exigir" concorda corretamente com seu sujeito que está no plural, "conhecimentos específicos."

Gabarito: letra e

Questão 7

(Agente Fiscal de Rendas/Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda do Estado de São Paulo/VUNESP) A concordância de nomes e verbos está de acordo com a norma culta na alternativa:

a) Na discussão do assunto, lançam-se mão de dois recursos, com base em dados socioeconômicos.

b) Tratam-se, talvez, das referências mais citadas para defender valores mais expressivos para os salários-familiares.

c) Os fatos que houveram causaram espanto, por ter diso os carros-bombas lançados contra um grupo de crianças inocentes.

d) Era necessário experiência aos bombeiros para que pudessem enfrentar e resolverem os problemas.

e) Cremos que esses são os livros que se inscrevem entre os pesos pesados do panorama literário íbero-americano.

-------------------------------------------------

Comentários:

Para teoria, visite: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-para-concursos.html


a) Na discussão do assunto, lançam-se mão de dois recursos, com base em dados socioeconômicos. Errado. O quê é lançado? Mão. Sendo este o sujeito, o verbo deve com ele concordar. "... lança-se mão de dois recursos..."

b) Tratam-se, talvez, das referências mais citadas para defender valores mais expressivos para os salários-familiares. Errado. O verbo tratar é transitivo indireto, sendo o "se", portanto, índice de indeterminação. Sendo assim, deverá o verbo permanecer na terceira pessoa do singular. "Trata-se..." Com relação ao "salários-familiares", está correto. Em substantivos compostos, formados por 2 substantivos, via de regra ambos variam.

c) Os fatos que houveram causaram espanto, por ter sido os carros-bombas lançados contra um grupo de crianças inocentes. Errado. Haver está no sentido de existir, devendo permanecer na terceira pessoa do singular por não ter um sujeito com quem concordar. Também está errada a concordância do verbo "ter". Quem tinha sido lançado? Os carros-bombas (subst + subst - ambos ficam no plural, correto). Portanto "carros-bombas" é o sujeito do verbo "ter", devendo este com aquele concordar. "... terem sido os carros-bombas..."

d) Era necessário experiência aos bombeiros para que pudessem enfrentar e resolverem os problemas. Errado. A primeira parte "... era necessário experiência ..." está correta, pois experiência não possui um artigo "a" que a define como palavra feminina sintáticamente. Já na segunda parte "pudessem enfrentar e resolverem", "pudessem", que é o verbo auxiliar da locução adverbial está subentendido (zeugma) antes de "resolverem", portanto este deverá se manter na terceira pessoa do singular, como verbo principal que é. "para que pudessem enfrentar e resolver"

e) Cremos que esses são os livros que se inscrevem entre os pesos pesados do panorama literário íbero-americano. Certo. O que se inscrevem? Os livros. Verbo concordando com o seu sujeito. "íbero-americano" é um adjetivo composto formado por duas palavras que são morfologicamente adjetivos, sendo assim, o segundo adjetivo deve concordar com o substantivo a que se refere, "panorama", o que de fato acontece.

Teoria para concursos

Pessoal,

Ao invés de ficar postando teorias aqui, postarei somente questões resolvidas, acho que será melhor.

Para teoria, baixem a apostila da Cláudia Kozlowski: http://www.4shared.com/file/61490470/ef2b9e3a/Portugus_-_Cludia_Koslowisk.html

Este é o melhor material de português para concursos que se pode encontrar.

Se tiverem alguma dúvida, quiserem uma explicação mais aprofundada, deixem um comentário na questão específica que farei o possível para ajudá-los.

Sempre marque logo abaixo se você entendeu ou não a explicação. Assim saberei se estou sendo claro o suficiente. Agradeço!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Concurso do TCU

Pessoal,

Tendo-se em vista o concurso do TCU, que se realizará sábado e domingo, e do qual eu participarei, somente poderei atualizar o blog segunda próxima.

Grato pela compreensão!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Questão 7

(Técnico Judiciário/TRT/ACCESS) A concordância nominal está INCORRETA no exemplo da seguinte alternativa:

a) Os acordos lusos-brasileiros ficaram prejudicados depois dos últimos acontecimentos.

b) Os governos brasileiro e espanhol concluíram um acordo comercial.

c) Tínhamos por ele elevada estima e respeito.

d) Envio anexas à carta as declarações de renda.

e) Cerveja é bom.

------------------------------------------------------

Comentários:

Teorias necessárias à resolução deste exercício:

- Concordância Nominal - 1 Substantivo para 2 ou mais Adjetivos: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-concordancia-nominal-1.html

- Plural de adjetivos compostos: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-plural-de-adjetivos-compostos.html

- Concordância Nominal - Regra Geral: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-concordancia-nominal-regra-geral_09.html


a) Os acordos lusos-brasileiros ficaram prejudicados depois dos últimos acontecimentos. Errado. O adjetivo composto lusos-brasileiros é formado por duas palavras morfologicamente definidas como adjetivo. De acordo com a regra, somente a segunda deverá concordar com substantivo a que se refere, "acordos".

b) Os governos brasileiro e espanhol concluíram um acordo comercial. Certo. Quando queremos que dois ou mais adjetivos se refiram a um substantivo, podemos deixar esse substantivo no singular ou no plural. Dependendo da escolha, os adjetivos se adequarão para com ele concordar. Substantivo no plural leva à ausência do artigo antes do segundo adjetivo. Já no singular, se torna necessário, pois esse artigo será, na verdade, um pronome substantivo que substituirá, por questão de estilística, o termo já citado "governo": O governo brasileiro e o espanhol....

c) Tínhamos por ele elevada estima e respeito. Certo. Neste item nossos substantivos são "estima" e "respeito", que são o núcleo do nosso objeto direto. "Elevada" é um adjetivo morfologicamente e nesta questão nosso predicativo do sujeito sintáticamente (elevada estima e respeito é algo momentâneo, pode-se subentender o verbo de ligação "ser" - estima e respeito que eram elevados). Pela regra, predicativo do sujeito anteposto a mais de um substantivo pode concordar atrativamente ou gramaticalmente, o que torna correta a questão.

d) Envio anexas à carta as declarações de renda. Certo. O adjetivo "anexas" qualifica quem? Quem estavam anexas? Isso mesmo, o substantivo declarações, devendo com ele concordar. Lembre-se, no entanto, que a locução adverbial "em anexo" é invariável!

e) Cerveja é bom. Certo. À primeira vista achamos estranho, afinal, "cerveja" é feminino, certo? Certo, mas só na sua raiz morfológica. Quando analisamos concordância, devemos nos ater à sintaxe, ou seja, a harmonia das estruturas. Como "cerveja" está indeterminado por não possuir o artigo "a" para defini-la, não podemos presumir nada, colocando a concordância de modo neutro, ou seja, no masculino. Cerveja é bom -> A cerveja é boa.

Gabarito: letra a

Teoria: Concordância Nominal - 1 Substantivo para 2 ou mais Adjetivos

Extraído de: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint59.php (com pequenas adaptações)

Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções:

a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo.

Por Exemplo:

Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.

Este artigo "a" está sendo utilizado não para substantivar por derivação imprópria o adjetivo portuguesa, mas como pronome substantivo que substitui "cultura" para evitar repetições que prejudicariam a estilística do texto.

b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.

Por Exemplo:

Admiro as culturas espanhola e portuguesa.

Obs.: veja esta construção:

Estudo a cultura espanhola e portuguesa.

Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo.

Teoria: Plural de adjetivos compostos

[Esta lição está bem superficial; mas servirá, por enquanto, para a resolução de um exercício]

Se te pergunto: olhos verde-claro, verdes-claro, verdes-clara ou verde-claros?

Saberia me dizer a resposta?

Essa é uma dúvida muito frequente mas que a partir de hoje não mais ocorrerá!

O adjetivo deve concordar com o substantivo a que se refere em gênero e número.

Neste caso, a regra é:

As duas palavras são adjetivos? Só o segundo irá variar.

"Questões político-partidárias";

"Olhos castanho-claros";

"Senadores democrata-cristãos".

Exceção: surdos-mudos

A primeira é adjetivo e a segunda substantivo? Nenhum dos dois irá variar.

(Isso funciona somente para cores)

"Tapetes verde-musgo";

"Saias-amarelo-ouro";

"Olhos azul-turquesa";

Resumindo:

Adjetivo-Adjetivo = Segundo irá variar
Adjetivo-Substantivo = Nenhum irá variar


E a resposta da indagação é olhos verde-claros! Você acertou?

Questão 6

(Auxiliar Judiciário/TRT/ACCESS) Há ERRO de concordância nominal, segundo a norma culta, em:

a) Ele pulou longos capítulos e páginas.

b) Considerou perigosos o argumento e a decisão.

c) Remeto-lhe anexo as duplicatas.

d) Bastantes alunos foram aprovados.

e) Pedro e Tereza partiram sós.

----------------------------------------------------------

Comentários:

Teoria necessária à resolução do exercício:

- Concordância nominal - Regra geral: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-concordancia-nominal-regra-geral_09.html


a) Ele pulou longos capítulos e páginas. Certo. O adjetivo longos trata-se de um adjunto adnominal, pois é uma característica instrínseca de capítulos e páginas. A regra de concordância nominal diz que adjunto adnominal anteposto a mais de um substantivo, a concordância é atrativa, o que de fato ocorre: longos concorda com capítulos.

b) Considerou perigosos o argumento e a decisão. Certo. O adjetivo desta letra, perigosos, trata-se de um predicativo do objeto direto, pois "perigosos" é uma característica momentânea de "argumento" e de "decisão". Predicativo anteposto a mais de um substantivo concorda atrativamente ou gramaticalmente. Neste caso a concordância estabelecida foi a gramatical.

c) Remeto-lhe anexo as duplicatas. Errado. O adjetivo "anexo" é uma característica momentânea de "duplicatas"; sendo, portanto, predicativo do objeto "as duplicatas". Predicativo de apenas um substantivo deve com ele concordar em gênero e número, o que não ocorre. Houve aqui uma tentativa frustrada de nos confundir com a locução adverbial "em anexo", que é invariável.

d) Bastantes alunos foram aprovados. Certo. Nesta alternativa o adjetivo "bastantes" está alterando o sentindo de "alunos", dando-lhe maior intensidade. Deve, por isso, com ele concordar em gênero e número por ser um adjunto adnominal. Poderíamos ser levados a achar que "bastantes" se trataria de um advérbio, devendo permanecer invariável; essa opção, no entanto, é facilmente descartada ao se perceber que "bastantes" modifica o substantivo "alunos" e não o verbo "foram".

e) Pedro e Tereza partiram sós. Certo. O adjetivo "sós" é uma característica instrínseca de Pedro e Tereza? São pessoas solitárias? Não! A frase diz que Pedro e Tereza partiram sozinhos, um estado momentâneo; sendo, portanto, um predicativo do sujeito. De acordo com a regra, predicativo posposto concorda somente gramaticalmente, o que de fato pode-se observar.

Gabarito: letra c.

Abraços!

Teoria: Concordância Nominal - Regra Geral

Bom dia,

Agora falaremos sobre a regra geral de concordância nominal.

Antes de tudo, o que vem a ser concordância nominal?

Concordância nominal é a ação de concordar, harmonizar os "nomes" uns com os outros em uma construção frasal.

"Nome" é uma caracterização dada às seguintes classes de palavras: Substantivo, artigo, adjetivo, pronome adjetivo e numeral adjetivo. Essas 5 classes de palavras formam juntas, em uma frase, o que podemos chamar de sintagma nominal.

Sintagma nominal: Em qualquer enunciado, os signos linguísticos ligam-se uns aos outros formando grupos. Esses grupos são chamados sintagmas. Um sintagma nominal é um grupo que tem como base ou núcleo um substantivo ou termo equivalente (Como um adjetivo "substantivado" através de derivação imprópria: Ex. O belo.)

Ex.: "As verdadeiras amizades nunca morrem"

No exemplo acima o sintagma nominal "As verdadeiras amizades" tem como núcleo o substantivo "amizades".

Portanto, na concordância realizada em um sintagma nominal, o substantivo é o carro-chefe, devendo artigo, adjetivo, pronome adjetivo e numeral adjetivo com ele se harmonizar, ou seja, devem concordar em gênero e número.

Resumindo: a regra geral para construções com somente um substantivo é que o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o numeral adjetivo concordem com ele.

Vejamos agora como estabelecer a concordância nominal de um adjetivo que se refere a mais de um substantivo.

CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO:

O adjetivo (classe gramatical) pode exercer as seguintes funções sintáticas: Adjunto adnominal, predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

1 - Adjetivo na função de adjunto adnominal

Adjunto adnominal é o termo que determina, especifica ou explica um substantivo, tem caráter permanente, ao contrário do predicativo do sujeito, como veremos mais adiante. É aquele que está junto, junto, muito junto ao substantivo e exerce função adjetiva na oração.

Ex.: "A bela Maria e Paula estavam sentadas no jardim."

Maria: substantivo
Paula: substantivo
bela: adjetivo (adjunto adnominal do sujeito composto - característica permanente)

Podem ser classificados como adjunto adnominal, além do adjetivo, os outros componentes do sintagma nominal (excluindo-se, por óbvio, o substantivo).

No exemplo acima:

A: artigo definido (adjunto adnominal)


1.1 - Adjunto adnominal anteposto a mais de um substantivo:

Quando o adjetivo, na função de adjunto adnominal, é colocado antes de mais de um substantivo, estabelecerá concordância atrativa, ou seja, concordará com o mais próximo.

"Utilizaram péssima imagem e colorido." (atrativa)


"Utilizaram péssimo colorido e imagem." (atrativa)


1.2 - Adjunto adnominal posposto a mais de um substantivo:

Neste caso a concordância poderá ser tanto atrativa quanto gramatical.

"Utilizaram dinheiro e tecnologia brasileira." (atrativa)

"Utilizaram tecnologia e dinheiro brasileiro." (atrativa)

"Utilizaram dinheiro e tecnologia brasileiros." (gramatical)


2- Adjetivo na função de predicativo

Predicativo é a palavra que modifica a significação de um substantivo por meio de um verbo de ligação explícito ou implícito no período.

Verbo de ligação são verbos que não geram a noção de ação, apenas ligam um sujeito a um predicativo. Funcionam apenas como um conectivo.

" Os alunos são estudiosos"

Os alunos: sujeito
são: verbo de ligação
estudiosos: predicativo do sujeito

- Tipos de predicativo:

- Predicativo do sujeito com verbo de ligação explícito:

"Todos os presentes são estudiosos"

Todos os presentes: sujeito
são: verbo de ligação
estudiosos: predicativo

- Predicativo do sujeito com verbo de ligação implícito:

"A garota ganhou o presente ansiosa"

A garota: sujeito
ganhou: verbo transitivo direto
o presente: objeto direto
ansiosa: predicativo do sujeito

Podemos notar que existe um verbo de ligação implícito antes de ansiosa, o "estar".

- Predicativo do objeto: sempre com verbo de ligação implícito.

"O juíz considerou o réu culpado"

O juíz: sujeito
considerou: verbo transitivo direto
o réu: objeto direto
culpado: predicativo do objeto

Aqui percebemos que "culpado" não é característica do sujeito "o juíz", e sim do objeto direto "o réu". Do mesmo modo, podemos notar a presença de um verbo de ligação implícito antes de "culpado", o verbo "estar".

Importantíssimo!!!! O predicativo do sujeito e o predicativo do objeto são características momentâneas, atreladas ao momento da ação. Essa é a principal diferença entre eles e o adjunto adnominal, que é uma característica permanente, instrínseca.


2.1 - Predicativo anteposto a mais de um substantivo:

A concordância, neste caso, se dará de forma atrativa ou gramatical.


"Estavam surpresas as mulheres e o homem." (atrativa)

"Estava surpreso o homem e as mulheres." (atrativa)

"Estavam surpresos o homem e as mulheres." (gramatical)

"O padre encontrou surpreso o homem e as mulheres." (atrativa)

"O padre encontrou surpresas as mulheres e o homem." (atrativa)

"O padre encontrou surpresos o homem e as mulheres." (gramatical)


2.2 - Predicativo posposto a mais de um substantivo:

A concordância se dará somente na forma gramatical.

"Homens e mulheres estavam surpresos." (gramatical)

"O padre encontrou homens e mulheres surpresos." (gramatical)

RESUMINDO:

Para facilitar a memorização, a prof.
Cláudia Kozlowski utiliza o seguinte processo mnemônico:

Adjunto Adnominal Anteposto: concordância Atrativa

Lembrando essa primeira concordância, de acordo com o processo mnemônico, podemos montar uma "tabela de balanceamento" para o resto.

Lembremos que existem 4 tipos de concordância, 2 para adjunto adnominal e 2 para predicativo.

====================================================================
Adjunto adnominal anteposto: ______ | Adjunto adnominal posposto: __________________
Predicativo anteposto: ___________ | Predicativo posposto: _______________________
====================================================================

Essa tabela será preenchida da seguinte forma:

- 3 elementos do lado anteposto e 3 elementos do lado posposto
- Adjunto adnominal e predicativo do sujeito só podem ter 3 elementos cada na tabela.
- Enquanto o elemento único do adjunto adnominal é o "atrativa", o do predicativo será "gramatical", por ser este (predicativo) exatamente o oposto daquele (adjunto adnominal).


Já sabemos que Adjunto adnominal anteposto tem concordância atrativa, então preenchamos na tabela.

====================================================================
Adjunto adnominal anteposto: atrativa | Adjunto adnominal posposto: _________________
Predicativo anteposto: ____________ | Predicativo posposto: ______________________
====================================================================

Já sabemos que adjunto adnominal possui 1 elemento sozinho, preenchamos com 2 o outro:

====================================================================
Adjunto adnominal anteposto: atrativa | Adjunto adnominal posposto: atrativa e gramatical
Predicativo anteposto: ____________ | Predicativo posposto: _____________________
====================================================================

O lado anteposto já tem 1 elemento, faltam 2 para chegar a 3.

====================================================================
Adjunto adnominal anteposto: atrativa | Adjunto adnominal posposto: atrativa e gramatical
Predicativo anteposto: atrativa e gramatical | Predicativo posposto:
====================================================================

Agora basta lembrar que o predicativo posposto, que é exatamente o inverso do adjunto adnominal anteposto, também será o inverso no tipo de concordância. Ao invés de atrativa, será gramatical.

====================================================================
Adjunto adnominal anteposto: atrativa | Adjunto adnominal posposto: atrativa e gramatical
Predicativo anteposto: atrativa e gramatical | Predicativo posposto: gramatical
====================================================================

Espero que essa metodologia de ensino os ajude! Agradeço eventuais comentários a respeito.

Em breve colocarei exercícios de concordância nominal.

Um abraço!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Questão 5

Fala pessoal,

Estou preparando um material sobre concordância nominal, no entanto, - assim como tudo neste blog - quero explicar da maneira mais didática, aprofundada e embasada possível, o que me tomará certo tempo que não possuo hoje. Creio que amanhã esteja pronto.

Por ora, fique com mais um exercício embasado em teorias já vistas.

(Assessor Técnico Parlamentar/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/COPPE-UFRJ) As formas verbais em itálico constantes de "gente que conhecia havia milhares de anos o pedaço" e "Naquele momento, havia dois modos de olhar as coisas" podem ser substituídas, respectivamente, por:

a) faziam e existiam;

b) fazia e existia;

c) haviam e existia;

d) fazia e existiam;

e) haviam e existiam.

----------------------------

Comentários:

Teorias necessárias à resolução do exercício:

- Verbo haver como verbo impessoal: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-haver-como-verbo-impessoal.html

- Verbo fazer como verbo impessoal: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-fazer-como-verbo-impessoal.html


a) faziam e existiam; Errado e Certo. Fazer no sentido de tempo decorrido é impessoal e deve permanecer na terceira pessoa do singular; Já existir não é impessoal, devendo concordar com o sujeito a que se refere, cujo núcleo é "modos".

b) fazia e existia; Certo e Errado. Fazer no sentido de tempo decorrido é impessoal e deve permanecer na terceira pessoa do singular; Já existir não é impessoal, devendo concordar com o sujeito a que se refere, cujo núcleo é "modos".

c) haviam e existia; Errado e Errado. Haver no sentido de tempo decorrido também é impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular; Como existir não é impessoal, deve concordar com o núcleo do seu sujeito "modos".

d) fazia e existiam; Certo e Certo. Fazer no sentido de tempo decorrido é impessoal e deve permanecer na terceira pessoa do singular; Já existir não é impessoal, devendo concordar com o sujeito a que se refere, cujo núcleo é "modos".

e) haviam e existiam. Errado e Certo. Haver no sentido de tempo decorrido também é impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular; Como existir não é impessoal, deve concordar com o núcleo do seu sujeito "modos".

Gabarito: letra d.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Questão 4

(Auxiliar Judiciário/Conselho da Justiça Federal/ESAF) A frase onde há erro de concordância verbal é:

a) Houveram muitos turistas atravessando a ponte.

b) Faz vinte minutos que esse carro espera para ser liberado.

c) Deve haver poucas declarações para serem examinadas.

d) São oito horas de trabalho.

e) Existem pessoas tentando burlar a fiscalização.

-----------------------------------------------------

Comentários:

Para resolver esta questão são necessárias duas teorias:

- Verbo haver como verbo impessoal: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-haver-como-verbo-impessoal.html

- Verbo fazer como verbo impessoal: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-fazer-como-verbo-impessoal.html


a) Houveram muitos turistas atravessando a ponte. Errado. Conforme aprendemos, o verbo "haver" no sentido de existir é um verbo impessoal, não possui sujeito e portanto não se flexionará. O verbo "haver" deste exercício está concordando com o núcleo de seu objeto direto (turistas), o que é inadimissível.

b) Faz vinte minutos que esse carro espera para ser liberado. Correto. O verbo "fazer" no sentido de tempo transcorrido é impessoal, devendo permanecer na terceira pessoa do singular, como se apresenta.

c) Deve haver poucas declarações para serem examinadas. Correto. A locução verbal "deve haver" possui como verbo principal o verbo "haver" no sentido de existir, o qual é impessoal, devendo o verbo auxiliar "dever" permanecer na terceira pessoa do singular, conforme está.

d) São oito horas de trabalho. Correto. Em breve explicarei as diferentes concordâncias do verbo ser, por ora, em expressões indicativas de dias, tempo, distância, o verbo "ser" concorda com o numeral.

e) Existem pessoas tentando burlar a fiscalização. Correto. O verbo "existir" não é um verbo impessoal (apesar de o verbo "haver" no sentido de existir o ser), devendo concordar com seu sujeito (pessoas), conforme está.

Gabarito: letra a


Comentários, sugestões e dúvidas são bem vindas.

Somente assim chegaremos a algum lugar!

Abraços!

Teoria: Fazer como verbo impessoal

Tudo bem pessoal?

Esta teoria segue a mesma linha do verbo Haver no sentido de tempo transcorrido.

Para quem não leu sobre o verbo Haver, não perca a oportunidade, inúmeras questões reiteradamente exigem o conhecimento das particularidades desse verbo, assim como do ora estudado.

Segue o link para a teoria do verbo Haver: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-haver-como-verbo-impessoal.html

Vamos lá então, começaremos com um exemplo:

"Faz dias que não chove."

A quem podemos imputar o fato verbal?

Em "Maria come muito" podemos dizer que o sujeito da ação vebal é Maria, mas e no exemplo superior? A resposta é: A ninguém. (E não venha falar que o sujeito é São Pedro.)

Portanto, o verbo Fazer indicando tempo transcorrido é um verbo impessoal, sem sujeito, devendo - portanto - permanecer na terceira pessoa do singular, pois somente se flexionam verbos que possuem sujeito.

Da mesma forma o verbo Fazer indicando fenômeno natural, como em: "Aqui em Goiânia faz 32°."

Para entender um pouco mais sobre verbos impessoais dê uma lida em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/fovest/vimpessoais.shtml

Mais exemplos do verbo fazer com sentido de tempo transcorrido ou fenômeno natural (extraídos do link acima):

- "O Colégio Maxi existe faz quatorze anos."

- "Ontem fez dez anos que ele morreu."

- "Faz noites friíssimas nas serras gaúchas."

Um abraço a todos!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Questão 3

(Auxiliar Judiciário/Tribunal de Alçada Criminal/FESP)
"Injeta-se, na miséria da favela, o bacilo de uma delinquência consentida."

Entre as modificações efetuadas na passagem acima, a que apresenta erro de concordância nominal é:

a) Injetam-se a olhos vistos os bacilos de ...

b) Injeta-se a olhos vistos o bacilo de ...

c) Injeta-se a olhos visto o bacilo de ...

d) Injetam-se um e outro bacilos de ...

e) Injeta-se mais de um bacilo de ...

------------------------------------------

Comentários:

Para resolver este exercício é necessário conhecer três teorias:

1 - A expressão "A olhos vistos": http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-expressao-olhos-vistos.html

2 - A expressão "Um e outro": http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-expressao-um-e-outro-nem-um-nem.html

3 - E a expressão "Mais de um": http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-expressao-mais-de-um.html

De posse desse conhecimento, vamos achar a questão que apresenta erro:

a) Injetam-se a olhos vistos os bacilos de ...: Alternativa correta. A expressão "olhos vistos" (locução adverbial de modo) se mantém invariável.

b) Injeta-se a olhos vistos o bacilo de ...: Alternativa correta. Mesma explicação da letra anterior.

c) Injeta-se a olhos visto o bacilo de ...: Alternativa correta. Uso arcaico da expressão, explicado na teoria, visto está concordando com o sujeito paciente bacilo.

d) Injetam-se um e outro bacilos de ...: Alternativa errada! O sujeito bacilo não pode estar no plural, pois o pronome a que está ligado está no singular. Para admitir esta concordância a frase deveria ser reescrita como: Injetam-se uns e outros bacilos de... O verbo está no plural devido ao sujeito composto "um bacilo e outro bacilo", ou seja, dois bacilos!

e) Injeta-se mais de um bacilo de ...: Alternativa correta. Apesar de "mais de um" ser dois, o numeral adjetivo "um" coloca o substantivo "bacilo" no singular.

Abraços!

Teoria: Expressão "mais de um".



Espero que
mais de um leitor esteja gostando do blog!

Opa! Mais de um não são dois?? Então por que o verbo auxiliar "esteja" da locução verbal "esteja gostando" não vai para o plural?

Este é um dos casos em que a lógica deve ser dissociada da técnica, o sujeito "um leitor" está determinado por um numeral que o mantém no singular, devendo o verbo concordar com ele em número e pessoa.

Este é um caso que é constantemente cobrado em provas pela facilidade do candidato em ser levado a concordar logicamente e aceitar o verbo no plural como correto.

Outro exemplo clássico é:

"Menos de dois leitores não gostaram do blog."

Menos de dois não é um? Pois é.., não obstante a falta de lógica o verbo "gostaram" vai para o plural para concordar com o sujeito que está determinado pelo numeral dois e se encontra no plural: dois leitores.

Abraços!

Teoria: Expressão "Um e outro / Nem um nem outro"

Opa!

Conforme prometido, falaremos agora das expressões "um e outro" e "nem um nem outro".

Começaremos com um exemplo:

"Um e outro homem ajudaram o reitor"

"Nem um nem outro homem ajudaram o reitor"

A concordância acima não é facilmente percebida devido à supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido (elipse).

Podemos reescrever as frases da seguinte maneira:

"Um homem e outro homem ajudaram o reitor."
"Nem um homem nem outro homem ajudaram o reitor."

As conjunções "e" e "nem" são aditivas. No primeiro caso, mais de 1 homem ajudou o reitor, enquanto no segundo mais de 1 homem não ajudou o reitor, o que leva a nossa concordância para o plural.

Outro exemplo:

"Um e outro sanduíche gostosos." (Um sanduíche e outro sanduíche gostosos).

Entenderam?

Teoria: Expressão "A olhos vistos"

Tudo bem, pessoal?

Vamos discorrer agora sobre a expressão "a olhos vistos", que é uma expressão muito comum, muito utilizada e também muito cobrada em concursos.

Durante minhas pesquisas encontrei duas visões sobre esta expressão, a contemporânea (mais cobrada) e a arcaica, sobre as quais comentarei a seguir:

Contemporânea:

Defendida pelos gramáticos da atualidade, afirmam que a expressão "a olhos vistos" é uma locução adverbial (mais de um termo funcionando como um advérbio) e portanto, INVARIÁVEL.

Lembre-se que os advérbios formam uma classe gramatical que tem como principal função dar detalhes de como ocorre uma certa ação, expressa por um verbo, exprimindo circunstâncias em que esse processo se desenvolve.

No entanto, apesar da palavra advérbio lembrar a palavra verbo, ele não modifica somente os verbos, mas também os próprios advérbios e os adjetivos.

Mas por que o advérbio é invariável? Essa é uma pergunta que muito me fiz, mas a pergunta correta seria: Por que adjetivo, pronome adjetivo, numeral adjetivo, e artigo devem concordar com o substantivo a que se referem? A resposta é simples: É uma regra, algo originário da língua latina.

Pois bem, convencionou-se que iriam existir duas formas de concordância, a nominal e a verbal. Na nominal, artigo, adjetivo, pronome adjetivo e numeral adjetivo devem concordar com o substantivo a que se referem. Na verbal, o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito - quando houver. Como o advérbio não se enquadra em nenhuma dessas opções, deve sempre permanecer invariável, assim como suas locuções.

Retornando a nossa expressão "a olhos vistos", ela é uma adjunto adverbial de modo, que transformada em um advérbio clássico (com o sufixo -mente) ficaria: visivelmente.

Exemplo: "Ela engordou a olhos vistos."

Ou seja, ela engordou de modo visível.

Arcaica:

Já na visão arcaica, tão estranha quanto incomum, a palavra vistos não faz parte da locução adverbial, que passa a ser somente "a olhos", adjunto adverbial de instrumento.

No exemplo acima, o agora verbo "ver" deve concordar com o sujeito a que se refere (Ela):

"Ela engordou a olhos vista."

Que seria o mesmo que dizer: "Vista a olhos ela engordou" ou "Ela engordou vista a olhos", ensejando o sentido de que usando o instrumento "olhos" para ver a mulher (algo meio estranho pois de que outra maneira poderia se ver?), perceberemos que ela engordou.

Creio eu que os gramáticos atuais notaram o absurdo dessa segunda sentença e resolveram não mais adotá-la. No entanto, fique atento a uma banca mais conservadora que queira cobrar este segundo modo em prova.

Em breve postarei a teoria sobre as expressões "um e outro" e "mais de um", que, junto a essa, são necessários para a resolução do próximo exercício.

Um abraço!

Questão 2


(Operador de Computador/IPLAN/Fundação Jõao Goulart) "Com a canção popular, hoje, costuma ocorrer fato diverso."


Promovem-se alterações nos verbos e em alguns termos da frase acima. A que encerra violação de norma gramatical é:

a) Com a canção popular, hoje, costuma haver fatos diversos.

b) Com a canção popular, hoje, podem haver fatos diversos.

c) Com a canção popular, hão de ocorrer fatos diversos.

d) Com a canção popular, hoje, há de haver fatos diversos.

------------------------------------------------------------

Comentários:

Ao batermos o olho na questão, notamos uma grande quantidade de verbos "haver", ou seja, estão querendo saber se conhecemos as particularidades deste verbo.

Você encontra a teoria necessária à resolução deste exercício em: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/teoria-haver-como-verbo-impessoal.html

O comando da questão está pedindo para que achemos a opção errada, vamos lá:

a) Com a canção popular, hoje, costuma haver fatos diversos. Concordância correta. Como o haver desta oração tem sentido de existir, ele é impessoal e enseja o uso da terceira pessoa do singular. Temos então que na locução verbal "costuma haver", o verbo auxiliar (costuma) e o principal (haver) devem estar na 3ª pessoa do singular, o que pudemos comprovar.

b) Com a canção popular, hoje, podem haver fatos diversos.
Concordância errada. O haver desta oração tem também sentido de existir. Na locução verbal "podem haver", o auxiliar podem deve se subordinar ao principal haver e ficar na 3ª pessoa do singular, fato que não ocorre.

c) Com a canção popular, hão de ocorrer fatos diversos. Concordância correta. Na locução verbal "hão de ocorrer", o verbo haver é um mero auxiliar, devendo se flexionar como o verbo ocorrer se flexionaria se não existisse a locução, o que de fato ocorre.

d) Com a canção popular, hoje, há de haver fatos diversos. Concordância correta. Na locução verbal "há de haver" temos dois verbos haver, um como auxiliar e outro como principal. Como o principal, fora de uma locução verbal não se flexionaria (por ser impessoal no sentido de existir), seu auxiliar deve permanecer na 3ª pessoa do singular. Efetivamente é o que ocorre.


Gabarito: letra b

Teoria: Haver como verbo impessoal

Tudo bem, pessoal?

Para a próxima questão necessitaremos entender o uso do verbo haver em duas situações especiais. De suas 26 possibilidades de uso que registra o dicionário Houaiss duas são de especial importância e, diga-se de passagem, não caem em concursos, DESPENCAM!

As supramencionadas possibilidades são: o verbo HAVER no sentindo de existir e no sentido de tempo transcorrido.

Tais verbos, ainda segundo o Houaiss, são verbos impessoais e possuem a transitividade direta (VTD), ou seja, não regem preposição para se ligar ao seu objeto (objeto direto).

Ser impessoal quer dizer que ninguém é responsável pela ação de existir ou do tempo ter transcorrido, não existe um sujeito a quem podemos imputá-las. Por este motivo, o verbo haver em tais situações ficará sempre na 3ª pessoa do singular, que é a nossa pessoa genérica, usada - entre outros casos - em indeterminações.

Vamos a exemplos:

Verbo haver no sentido de existir.

1 - Não mudaremos o país se não houver transformações profundas na Educação Básica.

Este haver está no sentido de existir, "se não existirem transformações..."

Poderíamos ficar tentados a flexionar o verbo haver de acordo com transformações, o que seria um erro, pois este é seu objeto direto, e não seu sujeito. Lembrando que sujeito é o elemento que se subordina (se sujeita, daí o nome) ao fato verbal, dando-lhe as flexões de número e de pessoa.

Então se não há sujeito na oração, não há que se falar em flexionar o verbo haver.

Não sei se perceberam, mas quando substituí o verbo haver pelo existir, eu o flexionei de acordo com transformações. Alguém sabe o porquê?

O verbo existir é um verbo intransitivo, ou seja, são verbos que possuem sentido completo, não necessitando de um objeto para complementar seu sentido. A simples oração "Existo." já passa uma informação completa.

Na frase "Não mudaremos o país se não existirem transformações profundas na Educação Básica.", transformações profundas não mais é objeto direto, agora passou a ser sujeito posposto ao verbo, devendo este (verbo) com aquele (sujeito) concordar. As transformações profundas estão sofrendo a ação de existir. E no haver? Neste transformações profundas é seu objeto direto, seu complemento verbal, necessário ao entendimento da mensagem passada pelo verbo haver, que sozinho não passa mensagem alguma.


Um "pega" bastante comum em provas, é usar locuções verbais (mais de um termo que funcionam como um verbo) com a palavra haver atuando como verbo principal ou verbo auxiliar.

Só para relembrar, em uma locução verbal, o verbo principal é aquele que traz a carga de sentido, sendo seu auxilar um.. auxiliar! É seu auxiliar que fará o trabalho sujo, devendo se flexionar em tempo, modo.. e com o sujeito - se houver um.

Exemplos:

1 - Deve haver mais livros nesta casa.

Deve: Verbo auxiliar, flexiona-se em tempo e modo mas não com o sujeito, pois não há um. (haver, seu verbo principal, está no sentido de existir, sendo impessoal.)

Haver: Verbo principal, não se flexiona de maneira alguma, pois é o verbo principal. Ademais, ele leva seu auxiliar à 3ª pessoa do singular por ser um verbo impessoal no sentido de existir.

1 - Haverão de existir mais livros nesta casa.

Haverão: Agora como verbo auxiliar, flexiona-se em tempo, modo e com o sujeito do verbo existir, que é "mais livros".

Existir: Verbo principal, não se flexiona mas manda seu auxiliar se flexionar para ele em tempo, modo e com seu sujeito "mais livros".

Perceberam a diferença? Quando o haver trabalha como principal ele não concorda com ninguém e manda seu auxiliar também não concordar. No entanto, quando este é um mero auxiliar, faz o que seu verbo principal manda.


Verbo haver no sentido de tempo transcorrido.

2 - "Há dois anos que não o vejo"

O verbo haver no sentido de tempo transcorrido é impessoal e possui transitividade direta, assim como no sentido de existir. Pelos mesmos motivos deve permanecer sempre na 3ª pessoa do singular.

Não dá para fazer muitos "pegas" com este caso, uma vez que percebamos se tratar de verbo haver no sentido de tempo transcorrido, terceira pessoa do singular nele!

Em breve exercícios sobre este assunto!

domingo, 5 de julho de 2009

Questão 1



(Agente Policial/Academia de Polícia-SP/Secretaria de Segurança Pública-SP) Aponte a alternativa correta.


a) Aluga-se casas.

b) Vendem-se apartamentos.

c) Precisa-se pedreiros.

d) Precisam-se de pedreiros.

-------------------------------------

Comentários:

- Esta questão está querendo testar se sabemos a diferença do pronome "se" como índice de indeterminação do sujeito ou como partícula apassivadora. Assunto explicado em: http://portuguesdeverdade.blogspot.com/2009/07/pronome-se-como-indice-de.html

Pois bem,

a) Aluga-se casas. Errado. Quem aluga, aluga algo. O verbo "alugar" é, portanto, transitivo direto. Como aprendemos, o pronome "se" junto a um VTD é um pronome apassivador. Sendo assim, o verbo deve concordar com o sujeito "casas", indo para o plural. O correto seria: Alugam-se casas.

b) Vendem-se apartamentos. Certo. Quem vende, vende algo. A mesma explicação da letra "a" se aplica neste caso. O verbo vender está corretamente no plural, concordando com o sujeito paciente apartamentos.

c) Precisa-se pedreiros. Errado. O verbo precisar no sentido de necessitar pode ser utilizado tanto de forma transitiva direta (não usual) quanto de forma transitiva indireta, não alterando o sentido. Neste caso está sendo utilizado como VTD, sendo o pronome "se" partícula apassivadora. O verbo deveria, então, concordar com o sujeito pedreiros, o que não acontece. O correto seria: Precisam-se pedreiros.

d) Precisam-se de pedreiros. Errado. Agora sim o verbo precisar está sendo usado na forma mais usual, com sua transitividade indireta através do pronome de. No entanto, como aprendemos, o pronome "se" junto a VTI e VTDI é uma partícula apassivadora, o que leva o verbo à 3ª pessoa do singular. O correto seria: Precisa-se de pedreiros.


Gabarito: letra b

Teoria: Partícula Apassivadora e Índice de Indeterminação do Sujeito



Pronome "SE" como Partícula Apassivadora ou
Índice de Indeterminação do Sujeito:
O pronome "SE", atrelado a um verbo pode ser usado em dois sentidos:
Partícula Apassivadora (O verbo deve concordar com o sujeito paciente)
Utilizada quando se quer construir uma oração na voz passiva sintética (formada por verbo transitivo direto, pronome "se" e sujeito paciente).

Portanto, só ocorre com verbos que possuam transitividade direta (VTD). Isso vale para os VTDI's, ou seja, verbos que são ao mesmo tempo transitivos direto e indireto.

Como se pode notar, para que uma oração seja transformada em voz passiva, é obrigatório que o verbo possua a transitividade direta. Mas por quê?

Simples! Pois o nosso objeto direto da voz ativa se transformará no nosso sujeito paciente da voz passiva:

- Voz ativa:

"O STF julgou o caso."


O SFT: Sujeito
julgou: VTD
o caso: Objeto Direto

- Voz passiva analítica:

"O caso foi julgado pelo STF."

O caso: Sujeito paciente
foi julgado: Locução verbal
pelo SFT: Agente da passiva

- Voz passiva sintética:

"Julgou-se o caso"

Julgou: VTD
se: Partícula Apassivadora
o caso: Sujeito paciente

Como o verbo descreve uma ação sofrida pelo sujeito paciente, com este deve concordar.

A voz passiva sintética é parecida com a voz ativa, no entanto a partícula apassivadora a coloca na passiva.

Mas e então, por que o verbo não pode ser transitivo indireto??

Isso se deve ao fato de não existir sujeito preposicionado (se lembra do motivo de o verbo ser chamado de transitivo indireto? A preposição que ele rege?). Pois bem, se transformarmos uma oração com VTI em passiva analítica, teremos um objeto indireto sendo transformado em sujeito paciente, mas como sujeito não pode ser preposicionado, a oração estaria incorreta.

A grande dificuldade reside no fato da oração em voz analítica sintética se parecer com a voz ativa, o que pode nos levar a não saber se o pronome "se" é partícula apassivadora ou não. Mas agora sabemos: Pronome "se" junto a um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto é partícula apassivadora.

Se quiser ainda, procure perceber se existe uma ideia passiva na oração, exemplo:

(FCC / TCE SP / Dezembro 2005)
Analise a afirmação:

(E) Ainda que se vejam as fogueiras e se ouçam os gritos dos manifestantes, não há sinais de medidas que levem à solução da crise social que a tantos vitima.

Existe a ideia passiva de que as fogueiras são vistas e os gritos são ouvidos, sendo, de fato, orações na voz passiva sintética.


Índice de indeterminação: (O verbo ficará na 3ª pessoa do singular)
Como se depreende do acima exposto, se o verbo for transitivo indireto e estiver acompanhado do pronome "se", tal pronome será um índice de indeterminação do sujeito.

Usa-se construção de sujeito indeterminado quando não se sabe - ou não se quer
dizer – quem é o agente da ação verbal. Também é usado em orações de sentido
genérico, vago.
Como o sujeito é indeterminado, o verbo não pode concordar com ninguém, devendo sempre permanecer na
3ª pessoa do singular.

Exemplo:

"Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanças"

Necessitava: VTI (Conjugado na 3ª pessoa do singular)
se: índice de indeterminação do sujeito
naqueles dias: adjunto adverbial temporal
de novas esperanças: objeto indireto


É isso. Agora que temos a teoria, postarei questões relativas ao tema.

Um abraço!